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O trabalho discute a necessidade da representatividade do negro em obras de literatura juvenil e de uma postura antirracista nas pesquisas acadêmicas e estudos sobre Literatura e Ciência da Informação. Considerando o rápido crescimento de publicações de obras para o público infantil e juvenil impulsionado pela Lei 10.639/2003 que exige que instituições de ensino públicas e privadas trabalhem conteúdos sobre a história e cultura do povo africano e afro-brasileiro, surge a demanda de avaliar criticamente essa produção literária do mercado editorial para crianças e adolescentes, de modo a garantir que a mediação de leitura dentro de escolas e bibliotecas sejam realizadas com obras de qualidade estética que representem o negro de forma a quebrar paradigmas, sem didatismo ou estereótipos. Apresenta também a análise da obra “Uma escuridão bonita” de Ondjaki utilizando a metodologia da grade proposta por Ceccantini (2000) de modo a discutir como o negro aparece nessa narrativa. Conclui, observando a importância de uma narrativa bem escrita, com qualidade gráfica e estética que promova a representação do jovem negro de forma poética e intimista como é o caso da obra analisada.

Literatura Juvenil; Representatividade do negro; Lei 10.639/2003; Ondjaki; Uma escuridão bonita.